Mudanças Exponenciais
“Confrontados com as transformações radicais impostas pelo avanço da tecnologia no âmbito digital, nossa primeira reação pode ser barrar o progresso – impedi-lo, proibi-lo, negá-lo ou, pelo menos dificultar que ele seja usufruído pelas pessoas. ...na melhor das hipóteses a proibição é temporária e, em longo prazo, contraproducente.” Kevin Kelly (2017)
Há algumas décadas, as mudanças ocorriam de forma lenta e gradativa. Os costumes mudavam lentamente. Os meios de comunicação predominantes eram o rádio, jornais, cartas, telegramas, memorandos, quadros murais, telefones fixos. As organizações tinham mais tempo para se prepararem. Eram mais rígidas e burocráticas, ditavam as regras, os clientes adaptavam-se a elas e eram mais fiéis. As leis eram menos rigorosas. Os concorrentes, na sua maioria eram locais.
Essa realidade começou a mudar e acelerar com o surgimento da indústria 3.0, considerada a 3ª revolução industrial, no início dos anos 80, com os avanços da tecnologia da informação e telecomunicações (TIC), uso de microcomputadores, eletrônica, microprocessadores, automação industrial, robótica, transmissão de dados via internet, nanotecnologia, transportes em massa. A resistência inicial era grande, as pessoas não conseguiam dimensionar a transformação que estava vindo, jogando por terra as suas referências de sucesso no passado.
Se antigamente as mudanças eram lentas, no início deste século, com a 4ª revolução industrial, impulsionada pelas novas tecnologias e inovações: Inteligência Artificial (IA), Internet das Coisas (IoT), impressoras 3D, realidade virtual (VR), realidade aumentada (AR), drones, robôs autônomos, Big Data, machine learning, deep lerning, fintechs e tantas outras que estão surgindo, tornaram-se exponenciais e já estamos entrando na 5ª revolução industrial, conceito anunciado pelo Japão em 2016. Muita mudança ainda está por vir.
As transformações já não são mais questões de escolhas, são requisitos essenciais para a sustentabilidade das organizações e até mesmo das profissões. Agarrar-se as antigas fórmulas de sucesso é só uma questão de tempo, que cada vez mais corre implacável devastando os não preparados.
Abre-se um mundo de possibilidades para as organizações ágeis e flexíveis que, atentas ao potencial e aplicação das novas tecnologias, investem na criatividade para encontrar soluções inovadoras que agreguem valor substancial para o cliente, podendo desbancar gigantes que se arrastam presas na sua burocracia e tomada de decisões morosas.
A visão e a gestão estratégica mais do que nunca é imprescindível neste cenário VUCA, ou seja, de volatilidade (Volatility), incerteza (Uncertany), complexidade (Complexity) e ambiguidade (Ambiguity).
Prepare-se, não se deixe surpreender! Use a criatividade e foque a inovação para criar a sua proposta de valor e o seu diferencial nas etapas do planejamento; dê atenção redobrada às etapas da execução a fim de garantir o sucesso dos objetivos e planos; acompanhe os resultados-chave em tempo hábil para a tomada de decisão e invista no aprendizado organizacional para iniciar um novo ciclo num estágio superior de gestão.
Seja um case de sucesso!
Lúcia Arlete Machado Nunes
Consultora Organizacional & Comportamental, CEO da Dragon - Transformação & Prosperidade Empresarial
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